sábado, 23 de julho de 2011

Iguais Perante A Morte

Amy Winehouse morreu. Uma cantora inglesa de soul, aos 27 anos vítima da overdose. De fato, um baque para os fãs e um estouro para a mídia. Todos os jornais girarão em torno dessa notícia e até provavelmente ela terá um “Globo Repórter” somente falando da vida dela. Mas e então, qual o espanto disso? Pra mim, nenhum. Pessoas morrem todos os dias, crianças de 10 anos de idade, ou menos, morrem na Cracolândia por overdose, ou assassinadas pelos traficantes e até mesmo por balas vindas de armas de policiais, e mídia nenhuma faz espanto por causa disso. Nenhum Globo Repórter fala de cada vida perdida por essas “banalidades”. Não deveria ser banal a morte dessas crianças, adolescentes, pessoas normais morrendo pelas drogas.
Não estou julgando a Amy, afinal cada um tem o seu valor e toda vida é importante, mas é injusto tanto alarde por uma coisa que acontece todos os dias nas nossas favelas, ruas e casas. Acredito sim que ela sabia o que a aguardava, ela tinha plena consciência dos entorpecentes que usava e de seus efeitos colaterais, era morte na certa, e foi. De qualquer forma, parece que quando um artista morre é mais especial do que quando uma pessoa que luta diariamente para obter o seu sustento morre. Devemos dar valor a todas as vidas, e parar e prestar atenção no que há ao nosso redor. Pessoas morrem todos os dias por diversos motivos, o que delas deve ficar são suas lutas, suas mensagens e seus exemplos.

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