terça-feira, 12 de abril de 2011

Metamorfose

O que houve comigo? Eu não era assim. Antigamente eu tinha um semblante calmo, realmente inocente, doce. Hoje meu rosto é cruel, tenso e amargo. Eu sempre escrevi, só que sobre coisas diferentes. Antes era sobre o bem, hoje é sobre o mau. Minhas palavras doces viraram chingamentos sujos e meus sonhos de casamento romântico se transformaram em sonhos de sexo sádico. O que houve comigo? Eu não era assim.
Minha imaginação de que haviam homens bons foi manchada pelas mãos sujas dos cafajestes que passaram por mim. Antes  eu perdoava e sorria. Hoje eu sorrio e me vingo. Tudo friamente calculado, deixando gravemente machucado o meu coração. Se é que eu ainda tenho um. Eu já me dediquei ao bem estar dos que não mereciam. Hoje eu me dedico ao mal estar dos que merecem e muito. Eu era um anjinho, fui contaminada com a enfermidade dos outros. Já amei o mais miserável, mas as cicatrizes em mim deixadas por ela arderam tanto que esse amor se converteu no mais puro e refinado rancor. Meu sorriso sincero virou um sorriso sarcástico. Hoje sou um feio espectro, mas ainda tenho salvação, pois eu quero me salvar.
O que houve comigo? Eu não era assim. Queria voltar a ser a mesma pura de 6 anos atrás, só que com o amadurecimento de hoje. Que meu Deus me escute.

4 comentários:

  1. sempre tive cuidado com minhas palavras para nao machuca-la mas entre umas palavras e outras saiam coisas que eram pesadas e cortavam sentimentos

    Nos dias de hoje eu sou um louco que procura entender oque deve fazer para evoluir e sobreviver no mundo que está por vir pois o homem nao será eterno assim como os sentimentos de hoje que podem ser o ódio de amanha.

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  2. Apesar, dos pesares, mesmo o mundo sendo um lixo, eu ainda sou um "bobo", ja que continuou perdoando, quem não merecia, e amando, quem não me deseja nenhum bem.
    Vamos ver, até quando essa minha "bondade" vai durar. ;]

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  3. Apesar dos pesares, às vezes eu queria continuar com minha inocência e não ter que saber do que as pessoas são capazes. Aliás... Ninguém sabe.

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