sexta-feira, 8 de abril de 2011

O Brotar dos Malditos

Ela dança alegre a sinfonia das crianças. Seu vestido branco girava junto ao seu corpo e apenas ela, a bailarina do nevoeiro, dava cor ao universo. Apenas um anjinho pairando em cima dos cadáveres dos maus. Mas alguém vem... Um desconhecido de outra dimensão, por fora bonito, mas por dentro carregado de pecado, eis a serpente se aproximando de sua vítima. Ela o observa cuidadosamente e continua dançando o balé das virgens. Ele entra na dança e vai se aproximando devagar, sem tocá-la. Chega um momento em que ele segura as mãos dela, então as crianças se calam. A dança para e ele a olha nos olhos, permitindo sua energia sexual passar para a mente dela, poluindo-a. E então, subitamente, ele a beija numa união porca de salivas, o mal infectando o bem.
Naquele momento a inocência do mundo morreu e o canto das crianças virou gemido de dor e agonia. E então dos dois uniram-se em um corpo só, e dessa união nasce uma besta, uma besta chamada ser humano.

3 comentários:

  1. como o texto, me lembrou muito Cisne Negro, não posso achar que ele é menos que perfeito. *-*

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  2. *-*' Obrigada, realmente Cisne Negro me inspirou em alguns trechos.

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  3. O ser humano foi a pior coisa que aconteceu à Terra. Agora ela sofre por única e exclusivamente culpa nossa.

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